frade intelectual virou casamenteiro da festa junina
Extremamente popular nas terras lusitanas e brasileiras, Santo Antônio é cercado por simpatias, folclore e tradições populares. Também conhecido como Santo Casamenteiro, ele morreu em 13 de junho de 1231, e, por isso, virou o primeiro homenageado das festas juninas.
Nas igrejas católicas, ele inspira ainda as trezenas (13 noites de reza, de 1º a 13 de junho)
Para a historiografia, ele foi um homem notável do seu tempo: intelectual, o frade circulou por parte considerável da Europa do século 13 e ajudou a consolidar o papel dos franciscanos.
Mas qual relação o santo tem com o casamento e qual é a origem da festa junina em sua homenagem?
Santo casamenteiro
O documento que serviu para justificar a canonização do santo reuniu os 53 milagres atribuídos a sua intercessão, nenhum deles teria relação com casamento.
A grande maioria dizia respeito a problemas de saúde, de paralisias a surdez, passando pela fantástica história de uma menina que teria morrido afogada e voltado a viver.
Para hagiógrafos - profissionais que trabalham com hagiografia, tipo de biografia, dentro do hagiológio, que consiste na descrição da vida de algum santo ou beato - existem duas histórias que justificam a fama de santo casamenteiro.
A primeira é que, ainda em vida, ele teria sido um grande opositor dos casamentos combinados por interesse entre famílias, o que ele chamava de mercantilização do sacramento. Defendia que os casais fossem formados por amor.
A outra versão, com contornos de lenda, diz que Antônio teria desviado, certa vez, donativos recebidos pela Igreja para ajudar uma moça a conseguir dinheiro suficiente para o dote que era necessário ao seu casamento.
Uma terceira versão também diz respeito a uma jovem pobre que queria se casar.
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