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Foto do escritor " Foco Nos Acontecimentos"

Dia 13 de abril, é o Dia Internacional do Beijo


O Dia Internacional do Beijo é comemorado em 13 de abril em homenagem ao beijo mais longo da história, protagonizado pelo casal Ekkachai e Laksana Tiranarat, que em 2013 venceu um concurso realizado na Tailândia para comemorar o Dia dos Namorados. Eles bateram o recorde com um beijo que durou 58 horas, 35 minutos e 58 segundos. Desde então, a data ganhou destaque no calendário e a celebração ocorre em todo o mundo, como uma oportunidade para refletir sobre o assunto.


Devido ao uso de máscaras e do distanciamento social por causa do risco de contaminação da Covid-19, a celebração foi ofuscada nos últimos dois anos, principalmente para os solteiros. A boa notícia é que com o fim das medidas restritivas impostas durante a pandemia e a revogação da obrigatoriedade do uso de máscaras, o beijo voltou novamente à cena, ainda que seja com cautela.


Para a psicóloga Geiza Cardoso Dambi, o beijo está presente na vida das pessoas desde o nascimento até a morte, além de ser o termômetro de uma relação. “O beijo é muito importante para que haja uma conexão entre o casal, é algo validador que deixa claro a importância de cada um no relacionamento. Quando ele não existe dentro de uma relação, quando não há mais o hábito de beijar, muitos acabam acreditando que não são importantes para o parceiro, ou que não são amados, e, automaticamente, isso gera baixa autoestima, trazendo diversos problemas para a relação como desconfiança e ciúmes.”


A psicóloga Ana Monachesi, especialista em sexualidade, ressalta que na pandemia esse tipo de demonstração de afeto diminuiu e que, apesar de muitas pessoas sentirem falta, deve haver consentimento mútuo. “O beijo é uma forma universal de demonstrar afeto em diferentes situações e momentos, mas só é bom quando é bom para os dois, quando os dois lados saem ganhando. O beijo só funciona se as duas partes quiserem, se for legal e adequado para as duas pessoas. Caso contrário, deixa de ser beijo para se tornar outra questão e, se esse for o caso, é melhor ficar só no oi ou no cumprimento com soquinho na mão”, orienta.



A banalização


O psicólogo e terapeuta sexual Clovis Ribeiro Silva Neto enfatiza que a importância do significado do beijo nas relações mudou muito. “Antigamente, o beijo era visto como a porta de entrada de uma relação, ele marcava o início de uma situação amorosa, além de ser algo mais privado, mas hoje seu significado tem se perdido, principalmente entre os jovens, que o enxergam muito mais como um evento ou até mesmo à adrenalina do que em quaisquer outras situações.”


Neto adverte para a mudança de significado do beijo. “Ele vem perdendo o espaço em termos de referência amorosa porque acabam banalizando o ato de beijar o outro ou se permitir ser beijado. O desejo do beijo romântico, do beijo de paixão se tornou quase que utopia, principalmente entre a nova geração.”



Momento é de comemoração

Para o assistente administrativo Henrique Amyuni, 26, após o fim da obrigatoriedade do uso de máscara, a frequência das pessoas aumentou nos bares de Rio Preto e todos já voltaram a se comportar da mesma forma como era antes da pandemia, o que facilita na hora de conhecer novas pessoas para se relacionar.


“Por conta do uso de máscara e do maior risco de transmissão durante a pandemia, o habitual era já sair de casa com algum encontro marcado, mas agora é mais comum as pessoas irem para os bares, sem compromisso, para tentar conhecer alguém por lá. Além disso, por conta de grande parte da população já estar vacinada contra a Covid-19, com 2 ou com até 3 doses, o índice de contaminação está bem baixo, e por isso é mais fácil se sentir seguro com relação ao beijo quando conhecer alguém”, comenta.



Responsabilidade


A operadora de telecomunicações e fotógrafa Juliane Martins do Nascimento, 33, diz que com a flexibilização das restrições, a paquera e o beijo na boca voltaram a acontecer nas baladas de Rio Preto, no entanto, reforça que é importante lembrar que para estar no meio de outras pessoas é preciso primeiramente ter certeza de que está bem.


“É importante não ter nenhum sintoma, não ter tido contato com o vírus da Covid-19 e ter tomado as doses da vacina. Esse é o cuidado que temos que ter para poder se relacionar com as pessoas”, destaca.



A vendedora Itamara Alves Ferreira, 34, que estava ansiosa pela retirada da máscara, acredita que o cenário atual ainda não é propício para que as pessoas voltem a se relacionar como antes da pandemia, mesmo com a retirada das restrições.


“Acho que todos nós, principalmente os mais jovens, não víamos a hora de poder curtir um barzinho ou uma balada sem máscara. Sabemos que a pandemia deixou as pessoas mais carentes e sensíveis e, apesar de ter me vacinado, o receio ainda é grande e o momento pede muita cautela”, relata. (LV)



Cenário pandêmico no ar

Apesar da queda do número de casos positivos, internações hospitalares e mortes, a pandemia ainda não acabou e o beijo continua sendo uma forma de contágio da Covid-19, uma vez que o vírus está presente na saliva de pessoas contaminadas, que podem transmitir o vírus mesmo sem apresentar sintomas.


“Abraços e beijos são formas de dispersar as gotículas de saliva, tosse, espirro ou catarro, além de promover aproximação importante entre as pessoas, por isso, a orientação é evitar o ato com aquelas que não são de seu contato frequente e rotineiro”, alerta o infectologista Renato Ferneda de Souza.



O médico explica que apesar de as vacinas protegerem as pessoas, inclusive de apresentar sintomas e evitar mortes, elas permanecem transmissoras, portanto, os cuidados são os mesmos e devem ser mantidos. “Mesmo com a grande redução do número de casos e mortes, portadores da Covid-19 são grandes transmissores. É aconselhável manter uso de máscara em ambientes pequenos e fechados, de pouca circulação de ar e com aglomeração de pessoas.”


Para o infectologista do Hospital de Base, Francisco Inaldo Mendes Junior, com a vacinação em massa foi possível reduzir a gravidade da doença e consequentemente o número de infectados necessitando de atendimento e internação hospitalar, o que favoreceu a flexibilização das medidas restritivas de prevenção coletiva. No entanto, alerta que mesmo que a letalidade da doença tenha sido reduzida de forma significativa, o risco individual permanece.



“O vírus em si, em todas as suas características e formas de transmissão e prevenção, não mudou, o que mudou foi a resposta imunológica frente à possível infecção. Beijo, abraço e aperto de mão continuam sendo vias de transmissão. Para algumas pessoas isso não vai ter problema, para outras ainda pode trazer algum risco", alerta o especialista.


Segundo Mendes Junior, embora esse risco seja muito baixo para pessoas jovens e saudáveis, ele é considerável para pessoas idosas, pessoas com comorbidades ou imunossuprimidas. Essa população ainda deve se preocupar com a possibilidade de infecção.” (LV)


Por: DiariodaRegiao



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